Praticar a política de coalizão é um dever de casa que poucos fazem. Talvez por isso haja tão poucos protagonistas e tantos amadores nesta seara. O governador Paulo Dantas é um bom exemplo dessa tese. Desde que assumiu manteve – o que os estrategistas chamam de – a agenda continuada, com ordens de serviço e entregas nos municípios e na capital. Nesta primeira metade de governo Paulo mais parecia um pré-candidato, só que o alvo eram suas bases. No interior deu certo e ele saiu vitorioso em 8, das 10 maiores cidades de Alagoas, consolidando sua influência, um indicativo do peso de sua articulação e do poder da sua base aliada.
Entre as cidades de maior destaque, está Arapiraca, onde o prefeito Luciano Barbosa assegurou uma reeleição tranquila. Em Palmeira dos Índios, Tia Júlia foi a vencedora, enquanto em União dos Palmares Júnior Menezes foi eleito com uma votação histórica. Em Penedo, Ronaldo Lopes garantiu a continuidade de sua gestão bem-sucedida, e em São Miguel dos Campos George Clemente foi eleito com uma ampla margem de votos. Coruripe segue com Marcelo Beltrão à frente, sendo o prefeito mais votado do Estado, e Delmiro Gouveia continua comandada por Ziane Costa, reforçando o grupo político de Dantas na região. Em Marechal Deodoro, a vitória de André Bocão foi outro ponto alto da articulação política do governador.
Por outro lado, a capital Maceió, sob o comando de JHC, e Rio Largo, onde Carlos Gonçalves foi eleito, mantêm-se como exceções, representando forças políticas opositoras.
Com 65 vitórias, Paulo Dantas se tornou o governador que mais conseguiu eleger prefeitos para o próprio partido. Duvido que conclui o mandato para ser esteira para terceiros.
Por AL1 Wadson Regis
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